29 de julho de 2013

Todos juntos pela saúde!




Cada ser humano é único. O bom funcionamento do organismo depende de todos os seus órgãos e tecidos, ou seja, é um conjunto, nada funciona de maneira independente. Assim, a boca faz parte desse conjunto e para uma atenção à saúde odontológica eficiente é necessário a interação da odontologia com as outras áreas profissionais, como pediatria, nutrição, geriatria, neurologia, psiquiatria, fonoaudiologia, fisioterapia, pedagogia, psicologia, entre outras. Até mesmo a interação dentro da odontologia, entre as especialidades odontológicas existentes.

O profissional cirurgião-dentista deve ter o conhecimento científico, a técnica mas também o “olhar” para o paciente como um todo, reconhecendo os riscos à saúde do mesmo, para que possa orientá-lo, encaminhá-lo, de acordo com as necessidades que lhe são apresentadas.


Então, por exemplo, quando o profissional observa que seu paciente apresenta erosões dentárias, precisa investigar a causa. Pode ser um caso de anorexia, onde o regurgitamento ácido leva à danos nas superfícies dentárias. Será preciso orientar o paciente. O cirurgião-dentista não irá tratar a anorexia, mas agirá de maneira multidisciplinar, encaminhando-o ao médico. Assim, o tratamento odontológico será efetivo. Ou, por exemplo, o paciente tem a prótese dentária terminada, pronta, tudo de acordo com as técnicas, perfeitamente adaptada aos elementos bucais, seguindo os padrões funcionais e estéticos mas o paciente não consegue utilizá-la, e mais, em seu histórico já passou por diversos profissionais, já teve outras próteses e não se adaptou. É preciso o “olhar” além, é preciso entender que de repente o paciente não superou a perda de seus elementos dentários, então, irá precisar de um auxílio psicológico de modo a aceitar a prótese e ter sua saúde bucal devolvida.

Em prevenção, não adianta chegar para o paciente e simplesmente dizer que não pode fazer isso ou comer aquilo... É preciso o diálogo, é preciso mostrar ao paciente o porquê, fazê-lo compreender a relação de terminados alimentos e demais fatores que interferem na saúde bucal, é preciso educá-lo em saúde. Não adianta impor um tratamento sem que o paciente esteja completamente ciente de sua responsabilidade, de sua parte no bom prognóstico. E isso pode envolver outros profissionais já que o paciente não é só “boca ou dentes”.

O profissional cirurgião-dentista deve agir na sua área, dentro de suas capacidades, respeitando a ética e ter uma postura multidisciplinar, reconhecer os seus limites e buscar auxílio, sempre que necessário, com outros colegas de profissão e profissionais de outras áreas para o bem estar, para o bem da saúde global do paciente. Certamente que com tal postura a relação profissional-paciente só tende a ganhar!

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